Suicide Squad 1 - Críticos 0



HATERS GONNA HATE


Suicide Squad já estreou e - surpresa, surpresa - os críticos de bolso saíram do armário para criticar mais um capítulo no universo cinemático da DC.

Com um rating abaixo de 30% no Rotten Tomatoes, será Suicide Squad o fracasso gritante que os críticos afirmam? Comecemos por dizer que esta pontuação afirma Suicide Squad como pior filme do que Batman Forever (1995), Daredevil (2003) e o Fantastic Four: Rise of the Silver Surfer (2007).

É um bocado estranho que a maioria das publicações lancem críticas péssimas sempre que a DC pós-Nolan está envolvida, ao passo que qualquer filme da Disney/Marvel recebe reconhecimento imediato. Mas adiante.

Façamos uma análise passo-a-passo e vejamos a que conclusão chegamos.

Em primeiro lugar, o trabalho de casting está ideal: os actores escolhidos estão extremamente bem escolhidos e encarnam as personagem de forma perfeita (alguém consegue dizer com uma cara séria que Will Smith e Margot Robbie não desempenham os seus papéis com mestria?).

Jared Leto brilha, como sempre, chamando a atenção para si em qualquer cena que entra. Esta nova iteração do Joker não só é refrescante como prova que Jared Leto é um dos melhores atores a trabalhar atualmente. Depois do brilharete de Heath Ledger no The Dark Knight de Christopher Nolan, Jared Leto assume as rédeas de uma das personagens mais icónicas da DC e fá-lo de uma forma assustadoramente brilhante. Apesar das cenas do Joker serem escassas, os poucos minutos com que somos presenteados não nos deixam dúvida: Heath Ledger foi bom, sim, mas Jared Leto chegou para ficar e brilhar.

Até Jai Courtey, um ator algo genérico de filmes de acção, conseguiu brilhar como Capitão Boomerang numa performance que rivaliza Tom Hardy (o ator que inicialmente iria ser Boomerang). Com poucos minutos de atenção, a personagem de Courtney torna-se uma das mais atrativas e refrescantes do filme. Courtey prova aqui que também sabe actuar e que não é apenas um stand-in para Tom Hardy; arriscamos mesmo dizer que o trabalho que fez aqui supera algo que Hardy poderia fazer, um actor que parece representar uma variação da mesma personagem nos filmes que faz.  

Em termos estilísticos Suicide Squad cumpre o prometido, fundido visuais artísticos e rebuscados com a sobriedade estabelecida por Zack Snyder. A cinematografia é excelente, e é impossível para um fã de BDs não se sentir imerso no mundo de banda desenhada da DC. A banda sonora ajuda aqui, estabelecendo um tom divertido e que permeia todo o filme - afinal, Suicide Squad prometeu ser um filme divertido.

A história é simples, mas é direta ao ponto. Suicide Squad nunca prometeu ser um filme sobre ética e filosofia (apesar de abordar alguns temas interessantes), e a história é um verdeiro deleite para os leitores das BDs originais do Suicide Squad, com bastantes cenas evocativas de alguns fascículos. Isto para não falar com as ligações que SS estabelece com Men of Steel e Batman V Superman, arrastando de forma positiva qualquer pessoa para o universo que a DC tem lutado (e bem) para construir.

Os cameos de Batman funcionam, mostrando que este não é um mundo isolado e que há consequências. Afinal, quem nunca se perguntou onde estão os outros super-heróis quando vêm filmes da Marvel?

Se estiveram atentos, reparam que os pontos negativos do filme são poucos - sim, o Joker podia ter mais proeminência, mas é assim tão importante? É estranho, mas parece que há um ódio pré-gerado em relação à DC, com os críticos determinados a enxovalhar a todo o custo qualquer filme deste universo.

A verdade é que Zack Snyder conseguiu trazer à vida os heróis da banda desenhada de uma forma que Nolan não foi capaz. Sim, Nolan é bom, ninguém diz o contrário - mas Zack Snyder e companhia estão ao nível, se é que não o ultrapassam no que toca a filmes de super-heróis. Afinal, qual filme diriam ser um filme com origens nas comics - The Dark Knight ou Suicide Squad? A verdade é que com Suicide Squad a Warner Bros mostrou que não precisa de Nolan para mostrar a sua qualidade.

Agora resta esperar por uma sequela e pela continuação deste universo. Talvez seja sonhar demasiado alto - a campanha anti-DC não perdoa - mas seria bom ver Jared Leto a roubar um óscar com participações futuras.

Em suma, o universo da DC chegou para ficar e, custe a aceitar ou não, com muita qualidade. Pontuação final: 11/10, um verdadeiro filme/milagre para os fãs de BD.
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