Spec Ops: The Line & Split/Second


Já Jogaste... Spec Ops: The Line & Split Second?



JÁ JOGASTE... SPEC OPS: THE LINE?

   De vez em quando surge um jogo nas linhas mais mainstream da indústria dos videojogos (seja pelo portefolio do estúdio ou a fama do seu publisher) que surpreende por fugir aos parâmetros mais comerciais da área. Estes títulos são raros, vendem pouco, e apresentam gameplay ou temas narrativos peculiares que fazem deles “pérolas”, usualmente com valor apenas reconhecido pela comunidade mais apaixonada. Portanto, perfeitos para pertencerem a esta rubrica!

Hoje falamos de Spec Ops: The Line e oh se não há que falar sobre este título!  Sendo o mais recente capítulo duma franchise existe desde a altura da Playstation 1, todas as suas medíocres e esquecíveis iterações passam pelo mesmo tipo de gameplay, sendo o jogador levado de missão para missão em terceira pessoa. Com este último título esperava-se mais do mesmo. A própria capa do jogo entrega o que podíamos encontrar no mesmo ano no Call Of Duty ou Battlefield, com a silhueta de um soldado de arma na mão a ocupar quase todo o plano… mas o objectivo da Yager, a equipa por trás, era bem diferente disso.


Quando se fala em realismo num simulador militar fala-se em ser baseado em eventos reais, ou ter uma atmosfera envolvente digna das situações reais que tenta recriar; mas aqui o realismo é outro: esse está nas consequências mentais e morais das acções dos soldados que lutam nos próprios. Uma abordagem que está mais presente num conflito militar do que tiros e explosões.
Embora a abordagem inicial seja muito fácil de criar impacto (o facto de ser um conflito entre soldados americanos e compatriotas que se viraram contra o próprio país), temos que ver a bravura do estúdio norte-americano ao tentar obter um orçamento para um desenvolvimento a nível AAA baseado numa linha narrativa tão polémica, especialmente tendo em conta o quão perturbantemente patriota é o seu país.

Como se não falta-se a crítica não pára numa análise diferente da actual posição dos videojogos em relação a conflitos mundiais. Spec Ops: The Line usa tudo o que estamos habituados a ver em shooters do género para críticar também o mesmo e quem o joga. O jogo critica não só pelo tom da narrativa e reacção das personagens como procura lidar com o jogador mais directamente com, por exemplo, mensagens nos ecrãs de transação entre níveis que passam de ajudas para arrepiantes e complexas questões como “O que procuras ao certo ao fingires heroismo?”


Sim, é um pequeno spoiler eu sei, mas é necessário porque o jogo tenta enganar tão bem o jogador que está a jogar algo sem grande valor que ao este pode acabar a parar antes de conseguir avançar o suficiente para perceber a qualidade por trás. Embora com fantásticos visuais, pode tornar-se um pouco estagnado na acção e para mais ainda , quando a narrativa e a reflexão crítica está no seu ponto mais alto, o divertimento simplesmente termina. Não é algo mau, muito pelo contrário, o jogo define-se por ter uma base tão séria e reflectora que o divertimento é posto completamente de lado para dar lugar a algo com maior valor. Pode acabar por ser mera opinião mas é tudo dito para tentar que os leitores que vão experienciar este título tenham paciência com ele e com os erros (o jogo está longe de ser perfeito), esperando um pouco do que aí vem ao ponto de assim dar lhe a oportunidade para fazê-lo maravilhosamente.


E em último conselho aqui do Já Jogaste: joguem o jogo em fácil para conseguirem uma progressão constante na campanha podendo assim estar atentos á narrativa e, não se esqueçam de após os créditos rolarem, irem dar um salto ao Youtube para ver alguns dos pormenores e teorias que vos possam ter passado ao lado (procurem um canal chamado Extra Credits e o episódio que fizeram sobre este jogo). Acreditamos que vão começar a ver a maioria dos títulos que se dizem “simuladores militares” com outros olhos.



Spec Ops: The Line existe para Windows, Linux, Mac OS, Playstation 3 e Xbox 360.





JÁ JOGASTE... SPLIT/SECOND?

    A premissa de Split/Second é tão simples quanto pegar no comando e jogá-lo: o jogador participa num programa de televisão onde conduz contra outros concorrentes numa série de corridas em pistas feitas para explodir em eventos pré determinados. Sim, parece o resumo de um filme de acção rasca dos anos 90. E não há nada de mal com isso.


Este título não pretende ser um simulador de corridas realista e prima com tal, adicionando uma vertente de estratégia ao seu estilo arcade. O jogador drifta e persegue os seus adversários, ganhando assim pontos que enchem a sua barra de momentum. Momentum é fundamental para vencer as corridas, já que quando esta está cheia, desbloqueia a possibilidade de acionar vários eventos pré definidos, espalhados pelos percursos; que podem ser usados para destruir os adversários.
Estes explosivos eventos podem ir de algo tão simples como um auto-tanque estacionado á beira da estrada explodir, como a um enorme C-130 despenhar-se e destruir quase inteiramente o percurso, obrigando os concorrentes sobreviventes a conduzir no meio de um enorme campo de ruínas. Por vezes, podemos quase perder-nos no meio de tanta confusão de explosões e detritos a voar, enquanto tentamos levar o nosso veículo pelo caminho certo.


A apresentação é sólida com a câmara reagindo dinamicamente ás curvas e velocidade; além do belíssimo uso do efeito de tempo a abrandar para conseguirmos visualizar um evento a ser accionado de mais perto ou um adversário a ser wrecked. A música no geral não passa de temas insípidos para associar á acção sempre presente, mas os efeitos de som são fantásticos, cada roncar de motor ou explosão a sentir se, particularmente quando saem de um bom sistema de som.
Resumindo, um óptimo título para sentar no sofá a jogar com amigos. Só esperamos que as amizades sobrevivam á competição!


Split/Second existe para Windows, Playstation 3, Xbox 360, Playstation Portable, iOS e OnLive.
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