Bom? Sim, mas...
The Americans é uma série thriller da FX cujo moto é o conflito da Guerra Fria, tendo como personagens principais dois agentes do KGB infiltrados nos EUA.
A série tem sido uma preferida dos críticos (e da audiência, diga-se) desde a sua estreia, indo já na sua quarta temporada. Será que o hype se justifica? Sim e não.
Podemos começar por afirmar que a qualidade de The Americans não está em causa: de excelentes interpretações a uma atmosfera envolvente, a série consegue provar o seu mérito sem grandes dificuldades.
As duas personagens principais, um casal, são a força vital da série - Keri Russell (August Rush, Dawn of the Planet of the Apes) e Matthew Rhys (Burnt) conseguem trazer à vida a família Jennings de uma forma natural e sincera. Rhys em particular, a sua capacidade de dar vida a vários disfarces mantendo-se sempre interessante.
Apesar do tema não se afastar em demasia da atualidade, The Americans consegue apresentar-se como uma série de época, sendo palpável o cuidado tido ao trazer à vida uma América que se debate com a sombra sempre presente da União Soviética.
Qual é o problema então? O problema pode-se dizer ser uma crise de identidade - desde o início que The Americans tem alguma dificuldade em saber o que quer ser, e isso reflecte-se na plot. De uma representação verosímil da espionagem do KGB num episódio podemos passar para uma espécie de Jason Bourne comunista noutro, para não falar que existe por vezes a sensação de "problema da semana" em alguns episódios. Existe uma linha geral que define a história, mas esta acaba algumas vezes emaranhada, enviando os protagonistas numa espécie de sidequests em prol da Mãe Rússia.
Não é assim tão mau quanto parece - afinal, a série continua a ser de qualidade e a manter-se interessante. É, contudo, um problema que impede a série de ir mais além e assumir um estatuto icónico.
Então, qual o veredito final? The Americans recomenda-se, e muito. Pode não ser uma série perfeita, mas está perto disso.
As duas personagens principais, um casal, são a força vital da série - Keri Russell (August Rush, Dawn of the Planet of the Apes) e Matthew Rhys (Burnt) conseguem trazer à vida a família Jennings de uma forma natural e sincera. Rhys em particular, a sua capacidade de dar vida a vários disfarces mantendo-se sempre interessante.
Apesar do tema não se afastar em demasia da atualidade, The Americans consegue apresentar-se como uma série de época, sendo palpável o cuidado tido ao trazer à vida uma América que se debate com a sombra sempre presente da União Soviética.
Qual é o problema então? O problema pode-se dizer ser uma crise de identidade - desde o início que The Americans tem alguma dificuldade em saber o que quer ser, e isso reflecte-se na plot. De uma representação verosímil da espionagem do KGB num episódio podemos passar para uma espécie de Jason Bourne comunista noutro, para não falar que existe por vezes a sensação de "problema da semana" em alguns episódios. Existe uma linha geral que define a história, mas esta acaba algumas vezes emaranhada, enviando os protagonistas numa espécie de sidequests em prol da Mãe Rússia.
Não é assim tão mau quanto parece - afinal, a série continua a ser de qualidade e a manter-se interessante. É, contudo, um problema que impede a série de ir mais além e assumir um estatuto icónico.
Então, qual o veredito final? The Americans recomenda-se, e muito. Pode não ser uma série perfeita, mas está perto disso.
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