Life is Strange & Advance Wars


Pois é... A nossa rubrica Já Jogaste? chega com mais novidades, trazendo dois novos jogos para te recomendar: Life is Strange e Advance Wars. Confere abaixo!

Já Jogaste... Life is Strange?





Life Is Strange conta a história de Max, uma rapariga adolescente que regressou a Arcadia Bay, a sua cidade natal para poder estudar fotografia numa das escolas mais prestigiadas do país nesta área. A sua vida é simples e inocente, ocupada pela escola e pelos seus poucos amigos. Tudo muda quando Chloe, uma antiga amiga que o tempo tinha afastado, volta do nada a encontrá-la. Isso, e claro, o facto de Max descobrir que pode viajar no tempo e ter uma visão do futuro onde Arcadia Bay é destruída por um massivo tornado.


Dizer que esta premissa inicia um jogo fantástico, com narrativa de qualidade, tanto na evolução da história como na forma como é transmitida pelos diálogos e interações das personagens, pode ser correto... mas estaria em última instância a passar ao lado da razão pela qual Life Is Strange prima.



Numa indústria cada vez mais virada para títulos que lidam com temas adultos como a indústria dos videojogos, pouquíssimos jogos conseguem ou sequer se interessam em fazer o jogador sentir algo mais do que uma simples simulação de poder, uma fantasia de cariz heróico simples de êxtase rápido.

Felizmente, este é um jogo que tenta algo mais que isso: sim, Max ganha um poder  fantástico ao manipular o tempo, mas a forma como reage a isso não é a usual. Não podemos deixar de sentir um pouco da sua inocência e o seu senso de maravilha e de aventura ao lidar com esta mudança na sua vida, traços que todos tínhamos quando éramos mais novos e que aos poucos se desvanece com a dureza do mundo real. Só este facto já faz deste jogo uma experiência rara e um título para ter em conta.



Fugindo da sua descrição mais romântica, foquemo-nos nas tecnicalidades: o jogo é episódico, decorrendo em terceira pessoa, com foco principal na exploração e interação com o ambiente para além dos diálogos com as personagens nele presentes. Para além disto temos ainda o sistema de manipulação de tempo, servindo como forma de resolver puzzles, sejam eles eventos físicos ou formas de manipulação de diálogos.

Tal como muitos jogos com grande ênfase em diálogos e escolha, este é mais um daqueles que a narrativa se adapta ao que o jogador escolhe, não só mudando o final do jogo como relações inteiras da personagem principal com secundárias. Podemos assegurar que muitas dessas decisões não serão fáceis, além de incrivelmente emocionais.


Esses momentos compensam alguns dos pontos negativos do jogo (sim, nem tudo são rosas): o jogo pode se arrastar um pouco em certos momentos, ou ter alturas em que simplesmente implora para se ir buscar um guia à net e despachar, além de que a sincronização das falas com as limitadas expressões das personagens pode afastar aqueles que valorizam mais o aspecto visual.

Acabamos adicionando que a banda sonora é simplesmente fantástica, escolhida para decorar o jogo como se este se tratasse de um filme indie. A ouvir fora do jogo de certeza.


Life Is Strange existe para Windows, MacOS, Xbox 360, Xbox One, PlayStation 3 e Playstation 4.




Já Jogaste... Advance Wars?




Um dos problemas mais comuns com jogos de estratégia é a sua falha em conseguir explicar ao jogador a sua complexidade geral e curva acentuada de aprendizagem ao longo dos seus níveis. 

Estes factores afastam a maioria dos jogadores que tentam experimentar este género, frustados em relação à enorme quantidade de informação necessária para poder jogar o jogo em condições. Advance Wars é um título de estratégia que é acessível a todos, e bem mais complexo do que parece, lançado numa plataforma nada usual para este tipo de jogos, o Game Boy Advance.

Neste jogo o jogador toma o papel de um novo estratega militar do exército da Orange Star, correntemente em guerra com o exército da Blue Moon, e é o seu papel vencer todas as batalhas deste conflito. Infelizmente este mundo é maior que estas duas facções e novos adversários irão aparecer, cada um mais poderoso e tenaz que o anterior, principalmente após a tua facção ser acusada de ataques não justificados a outras soberanias.



Okay, reconhecemos que a premissa não é muito interessante, mas asseguramos que o seu valor está na sua jogabilidade e principalmente na forma como a apresenta.

Advance Wars é um jogo por turnos em que o jogador controla cada uma das unidades do seu exército, cada uma única nos seus próprios atributos e forma de usar: o clássico jogo de estratégia por turnos a que estamos habituados, com ícones e 'stats' um pouco por todo o lado.

O que o faz destacar é a sua apresentação simples, funcional e fácil de compreender,  além da sua sucessão de níveis particularmente bem desenvolvidos para apresentar todas as diferentes unidades, tipos de terreno e questões estratégicas das interações entre todos estes elementos. O jogo desenvolve rapidamente para uma dificuldade desafiante em que qualquer jogador, de qualquer idade, consegue ter perfeita noção de todas as suas opções e forma de jogar, tudo isto sem sacrificar profundidade.



Em cada sessão ou combate é-nos apresentado uma vista de topo com ícones a representar cada unidade e tipo de terreno. Ataques entre duas unidades são representados numa animação exemplificativa da ação que decorre, que pode ser desligada caso o jogador queira. É usual conseguir que um combate termine relativamente rápido, o que também ajuda a prevenir aqueles momentos de frustração em que após uma hora ou mais temos que começar todo um nível de novo.

E só mais uma razão para experimentar: o jogo consegue ser bem difícil, ao ponto de ser uma recomendação até para os jogadores mais hardcore deste género.


Advance Wars existe para Game Boy Advance, 3DS e Wii U.

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