Better Call Saul é uma das melhores séries em exibição neste momento - está dito.
Opinião tendenciosa? Talvez - afinal de contas, Breaking Bad sempre foi uma série de eleição e Saul Goodman nunca deixou de ser um favorito dos fãs. Mas a verdade é que Better Call Saul tinha tudo para terminar em desastre. Spin-off/prequela de uma das mais aclamadas séries de todo o tempo? Check. Personagem principal muda radicalmente o estilo da série? Check. Quando foi a última vez que ouviram falar num spin-off bem recebido pelos fãs e pela crítica? Felizmente, a dupla Vince Gilligan/Peter Gould não desapontou.
Sim, é verdade que muita da audiência de Breaking Bad desistiu cedo de Better Call Saul, mas o problema não se encontra no conceito de Vince Gilligan (a mente por detrás de Breaking Bad).
As últimas temporadas da história de Walter White habituaram-nos a riscos elevados e tensão quase non-stop; é de esperar que uma mudança de ritmo cause alguma estranheza. Mas não nos podemos esquecer que a história de Saul Goodman não é a história de Walter White (e ainda bem) e de que Breaking Bad também demorou algum tempo a achar a sua própria identidade.
Apesar de a primeira temporada de BCS ser algo tremida como um todo, a série não demora a encontrar o seu próprio eixo: a constante batalha de Jimmy contra o irmão e contra si mesmo, deixando para Mike os aspectos mais clássicos de Breaking Bad.
Se há algo, contudo, que é evidente desde o primeiro episódio, é a experiência que toda a equipa trouxe da produção de Breaking Bad, patente de imediato nas escolhas técnicas e criativas no respeitante à realização, banda sonora e feeling geral da série.
Bob Odenkirk (Jimmy McGill/Saul Goodman) merece também parte do mérito pela qualidade da série. Depois de nos habituar ao excêntrico Saul Goodman, Odenkirk brilha ao trazer à vida Jimmy, uma personagem que tem tanto de excêntrica como de humana. Podemos não compreender muitas das escolhas e tendências de Jimmy, mas é difícil não ficar do lado dele.
Bob Odenkirk (Jimmy McGill/Saul Goodman) merece também parte do mérito pela qualidade da série. Depois de nos habituar ao excêntrico Saul Goodman, Odenkirk brilha ao trazer à vida Jimmy, uma personagem que tem tanto de excêntrica como de humana. Podemos não compreender muitas das escolhas e tendências de Jimmy, mas é difícil não ficar do lado dele.
Jonathan Banks também regressa, voltando a interpretar Mike Ehrmantraut com toda a gravitas a que nos havia habituado, desta vez levantando o véu que cobria o seu passado.
Better Call Saul não é Breaking Bad. E ainda bem - é gratificante saber que Gilligan consegue fazer algo diferente e, ainda assim, com o mesmo nível de qualidade.
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